Misterioso, sobrenatural, espiritual. De Macchu Picchu, no Peru, a Luxor, no Egito, o planeta Terra coleciona cantos com histórias incríveis e energias especiais. Esses lugares místicos não se dão apenas segundo as leis naturais ou físicas. E não tem como explicar o que acontece: só sabe do que se trata quem vive a experiência de estar em Angkor Wat, no Camboja, ou no Vale de Katmandu, no Nepal. 

Alguns dos sítios onde se pode sentir “algo diferente” foram escolhidos conscientemente para construção de monumentos religiosos ou simplesmente para a devoção, a iluminação espiritual ou a realização de rituais. “Não interessa se o sujeito é peregrino atravessando o Oceano Atlântico ou se é na cidade aqui do lado. O que interessa é que ele está ali para Deus”, diz o escritor Pedro Siqueira quando conta sobre ensinamentos da sua avó.

Pedro é advogado e professor de direito visitou alguns desses lugares, como Medjugorje, na Bósnia, Lourdes, na França, Fátima, em Portugal, e Terra Santa, uma área dividida entre Israel, Cisjordânia e Jordânia. Apesar de ser um grande desafio transmitir na totalidade as experiências sagradas, o autor conta, no livro Viagens Místicas, os eventos sobrenaturais que viveu em peregrinação por quatro diferentes santuários. 

A importância dos lugares místicos para a humanidade

“Eu sempre prefiro ir para um lugar onde eu possa beber de uma fonte de oração”, afirma Pedro. “Qualquer pessoa que tenha alguma fé, se entra em um santuário como Lourdes, não tem como não sentir”. Não por acaso, alguns dos lugares místicos se tornaram Patrimônios da Humanidade. É o caso da já citada vila de Medjugorje, na Bósnia, e do Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. 

A dimensão do espírito é a instância que responde pela totalidade e que zela pelo eixo estruturador da vida humana. Não por acaso, a espiritualidade reforça a confiança nas energias regenerativas da vida. Lugares místicos como o Lago Titicaca, situado entre o Peru e a Bolívia, e a capital mundial do Yoga, Rishikesh, na Índia, também são símbolos da preservação da memória e da cultura dos povos. 

Lugares místicos na literatura

Mas o que a literatura tem a ver com isso? A arte de contar histórias não só dá liberdade aos autores que compartilhem suas experiências únicas com o sagrado nos lugares místicos, como também reforça o seu valor simbólico. Ao contrário do que parece óbvio, os gêneros literários das obras que citam esses locais vão muito além da autoajuda. Diários, romances, guias de viagem, paisagismo e jardinagem são algumas dessas categorias.

The Maritime Traditions of the Fishermen of Socotra, De Quem É a Terra Santa? O Contínuo Conflito Entre Israel e a Palestina, Stonehenge, e O caminho do peregrino: Seguindo os passos de Jesus na Terra Santa são alguns dos livros cujas narrativas têm como cenário os principais lugares místicos do planeta. 

Os lugares místicos brasileiros também são palcos para as mais diversas histórias literárias. É o caso dos livros Bandeira Anhangüera: viagem à Serra do Roncador, O Homem que Sujou o Céu, entre outros. A cultura brasileira é repleta de obras que exploram essa relação. Não por acaso, o clássico Iracema, de José de Alencar, mostra a relação brasileira com o misticismo.

Buobooks indica:

Viagens Místicas – Pedro Siqueira

Você Pode Falar Com Deus – Pedro Siqueira

Todo Mundo Tem Um Anjo Da Guarda – Pedro Siqueiraeira