“O importante não é vencer, mas competir”, disse o pedagogo e historiador francês Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin, no século XIX. Essa não é a única criação sua que se popularizou por todo o mundo: os Jogos Olímpicos da Era Moderna também acabaram conquistando os quatro cantos do planeta. Para se ter uma ideia, mais de 63 milhões de pessoas assistiram às Olimpíadas de 2016, a edição mais recente.
A expressão criada por Barão de Coubertin resume o espírito do principal evento esportivo do mundo, em que o respeito às regras e aos adversários e a solidariedade estão acima de qualquer troféu. Por isso o Comitê Olímpico Internacional (COI) criou o prêmio Fair Play, e o entregou pela primeira vez aos suecos Lars Gunnar Kall e Stig Lennart Kall, que desistiram da prova de vela para ajudar dois concorrentes cujo barco tinha afundado.
Os Jogos Olímpicos reúnem os melhores atletas, promovem o encontro de diferentes culturas e contribuem para a paz mundial desde a antiguidade até hoje. No ano de 776 a.C, uma aliança entre reis gregos foi selada no santuário de Olímpia e estabeleceu a Paz Olímpica durante as competições. Hoje, na véspera das Olimpíadas de Tóquio, no Japão, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma trégua nos confrontos internacionais.
A edição de 2021 acontece em um contexto atípico. Depois de ter sido adiada em decorrência da pandemia de Covid-19, as Olimpíadas serão realizadas este ano, mas sem público. Além disso, os bares e restaurantes da capital japonesa não poderão servir bebidas alcoólicas e terão que fechar até as 20h. Após uma reunião entre o comitê organizador, o governo e o presidente do COI, foi anunciado o estado de emergência no país.
Apesar de mais de 80% da população japonesa estar a favor do cancelamento ou adiamento do evento, segundo o jornal Asahi Shimbun, eles serão mantidos. Não seria a primeira vez que os Jogos Olímpicos seriam cancelados por uma situação inabitual, inclusive em Tóquio. A suspensão do evento já aconteceu três vezes, uma delas na capital japonesa, em 1940, por causa da eclosão da guerra sino-japonesa.
Algumas edições das Olimpíadas marcaram a história, seja pelo contexto atípico em que foram realizadas, seja pelas reivindicações feitas pelos atletas durante a competição. Quem nunca se emocionou com a vitória simbólica do estadunidense Jesse Owens em plena Alemanha nazista, ou com o protesto dos corredores Tommie Smith e John Carlos contra o racismo nos Jogos de 1968, no México?
O boicote dos Estados Unidos às Olimpíadas de Moscou, na União Soviética, em 1980, e a invasão da vila olímpica e sequestro de atletas de Israel nos jogos de Munique por oito terroristas palestinos também são lembranças que ficaram guardadas na memória do evento. As motivações políticas por trás desses episódios demonstram que a história das Olimpíadas se entrelaçam com a história da humanidade.
Como não poderia ser diferente, a literatura oferece diversas perspectivas sobre o principal evento esportivo do mundo. Das biografias de atletas de alta performance e campeões recordistas aos romances e educativos, diversos autores se dedicaram a abordar o tema. Seja como mote central de um livro, seja como pano de fundo da vida de protagonistas, os Jogos Olímpicos são ponto de encontro de histórias únicas que servem de inspiração.
O ex-tenista brasileiro Fernando Meligeni, que disputou as Olimpíadas de Atenas, em 1996, e conquistou títulos importantes na modalidade, decidiu compartilhar os aprendizados e experiências com outros atletas no livro 6/0 Dicas Do Fino. Também foi no tênis que o sérvio Novak Djokovic construiu sua relevância, e é como atleta desse esporte que ele bateu e iguala recordes como a marca recente de 20 títulos em Grand Slams.
Buobooks indica:
Coleção Um Tema Só – Cascão – Esportes – Mauricio de Sousa
6/0 Dicas Do Fino – Fernando Meligeni
A Biografia De Novak Djokovic – Blaza Popovic
História Concisa Do Futebol Do Brasil – Rodrigo Papa
A História Do Futebol Para Quem Tem Pressa – Márcio Trevisan