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Espiritualidade e poesia na expressão da subjetividade e na compreensão do desconhecido

Não há uma única civilização que não tenha se expressado e registrado suas memórias por meio da arte. E desde os escritos nas paredes das cavernas até as peças mais sofisticadas da escrita, a poesia tem sido uma parte importante da arte e da cultura. Esse gênero literário ajuda a tecer palavras em lindas – e muitas vezes simples – linhas com significados profundos. Mas o que espiritualidade tem a ver com isso?

A poesia é a música das palavras. É beleza, verdade e amor, tudo em um. Isso nos coloca em contato com o divino. Pode ser usado como uma prática espiritual útil, um ritual que amplia e aprofunda nossas perguntas e respostas sobre a vida e seu significado. A essência da poesia sempre foi encontrada na natureza, com a espiritualidade como parceira que guia o desconhecido. 

Os poemas são escritos não apenas como uma expressão do desconhecido, mas também como memória do que foi experimentado. Esse tipo de texto tem o poder de transmitir o insondável e a graça de deslizar o leitor para a experiência. O poder da poesia transforma a intriga em curiosidade. É essa curiosidade que funciona como uma isca para a poesia.

A poesia pode também utilizar elementos de ironia e sátira, como já fez, e foi tão importante para transformar sociedades, trazendo à luz os incômodos e os principais dilemas de cada época. A espiritualidade, por outro lado, é algo interno que afeta a todos em pelo menos algum momento da vida, é um termo amplo que incorpora vários significados. 

Em palavras simples, a espiritualidade significa ser capaz de se conectar com o seu ser superior e o seu universo interior. É a busca pela própria existência. É a expedição para explorar o sentido da vida. Ao longo dos séculos, a poesia tem sido uma das maneiras mais propícias de se explorar a espiritualidade. 

O amor é a alma da poesia, portanto não é por acaso que a espiritualidade e o amor são conceitos inseparáveis ​​e podem ser melhor transformados em expressão por meio da poesia. O amor é como uma vela esperando para ser acesa e a espiritualidade pode ser o caminho pelo qual um fósforo pode ser encontrado para acender essa vela. Portanto, é importante experimentar o amor para compreender a poesia e desfrutar de sua potência.

Lidamos com todas as questões centrais mais básicas da humanidade escrevendo poemas espirituais. Questões de mortalidade e imortalidade, a impermanência da vida, separação, bem e mal, isolamento, solidão e alienação. A poesia nos ajuda a fazer e responder – ou pelo menos refletir sobre – as perguntas e nos ajuda a criar significados para um projeto maior, uma razão, um propósito.

Há uma riqueza de grande poesia espiritual escrita ao longo dos tempos, do grego antigo Horace, ao Haiku japonês, de Keats, Shelley, Wordsworth e Tennyson, a Rumi e Emily Dickinson. Ao ler algumas dessas obras de escritores consagarados, é possível sentir o amor universal e a conexão que flui por meio de seus poemas. E agora, o poeta Allan Dias Castro e a Monja Coen integram esse rol místico e profundo!


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