Num encontro que celebrou a amizade, o afeto, o impacto da escrita e a expressão genuína da voz e dos sentimentos de cada um, os escritores Allan Dias Castro e Rodrigo Alvarez fizeram uma live especial no Instagram na última quarta-feira (6/5). Durante mais de uma hora, eles conversaram sobre suas respectivas experiências na literatura (Allan na poesia; Rodrigo na ficção e na não-ficção), o processo criativo, a relação com leitores e o momento desafiador enfrentado por todos nestes tempos de pandemia.
O encontro ocorreu num dia especial: fazia exato um ano do lançamento do livro Voz ao Verbo, best-seller de Allan Dias Castro publicado pela Sextante. O livro, assim como as obras, igualmente best-sellers, Jesus – O Homem mais Amado da História, #Madalenasemfiltro e O Primeiro Imortal, estão disponíveis para leitores brasileiros espalhados pelo mundo, através da Buobooks.
Fato celebrado por ambos: “É muito bom saber que quem está fora do Brasil também vai poder comprar meu livro. É um projeto muito legal”, disse Allan para Rodrigo, um dos fundadores da Buobooks.
O momento, contou Allan, é uma mistura de sentimentos: seu pai, Henrique dos Santos Castro, morreu em 13 de abril, aos 71 anos de idade, vítima da Covid-19; e enquanto ainda sofre com a perda, ele se vê diante de uma nova vida nascendo. Em breve chegará Serena, sua primeira filha.
“Minha vida anda mais maluca do que qualquer ficção. Mas entre partidas e chegadas, passado e futuro, não tenho palavras para agradecer a todos que me possibilitaram estar escrevendo minha própria história”, disse o poeta para seus seguidores. Ele gravou um vídeo em homenagem ao pai (“Canta, meu pai”) que fez sucesso nas redes sociais e foi repercutido pelo programa Fantástico, da TV Globo.
Rodrigo Alvarez ressaltou alguns pontos de aproximação entre ambos, além da condição de escritores. Um deles foi o fato de terem vendido seus carros para poder realizar um sonho profissional: Allan, para editar seu primeiro livro, de forma independente; Rodrigo, para viabilizar sua ida aos Estados Unidos, onde produziu sua primeira grande reportagem que lhe abriu espaço para virar um repórter de sucesso na Globo, onde trabalhou por quase 25 anos.
A honestidade das palavras que expressam e o impacto delas sobre leitores e leitoras são outras coisas em comum. “É preciso escrever da forma mais verdadeira possível”, disse Rodrigo. “Não vale a pena a escrita se ela não expressar exatamente aquilo que somos.”
Como seus livros e na conversa, os dois escritores deixaram registrada a importância da literatura para fazer companhia àqueles que desejam calar o medo, descobrir verdades, ouvir a si mesmos e encontrar seu próprio jeito de se colocar no mundo.