1 – Livraria Lello – Porto, Portugal
Situada no Centro Histórico da cidade do Porto, em Portugal, a arquitetura da livraria Lello foi elogiada por personalidades da literatura como o escritor espanhol Enrique Vila-Matas e a editora australiana de guias de viagens Lonely Planet, além de veículos como o jornal britânico The Guardian e o canal de televisão estadunidense CNN.
Sua construção foi feita a partir de um projeto do engenheiro português Xavier Esteves e é um dos principais símbolos do estilo neogótico portuense. Com pinturas de José Bielman e esculturas de Romão Júnior, a livraria reserva homenagens aos autores Antero de Quental, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Teófilo Braga, Tomás Ribeiro e Guerra Junqueiro.
2 – Bodleian Library – Oxford, Reino Unido
Além de principal biblioteca de pesquisa da Universidade de Oxford, a Bodleian Library é a segunda maior da Grã-Bretanha. Inaugurada em 1602, a livraria começou com cerca de 2 mil livros e hoje reúne mais de 13 milhões de títulos em seu catálogo. Alguns deles são os manuscritos do célebre romance de J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis.
Para guardar tantas obras, a livraria conta com cinco edifícios e alguns salões subterrâneos. A Bodleian Library é um dos órgãos responsáveis pelo controle do direito autoral na Inglaterra e recebe um exemplar de cada livro publicado no país. Por isso, não é por acaso que os documentos do seu catálogo não podem ser retirados das salas de leitura.
3 – Admont Abbey Library – Admont, Áustria
A Admont Abbey Library é uma das maiores criações do barroco europeu tardio. Na livraria estão representados vários gêneros artísticos (arquitetura, afrescos, esculturas, manuscritos e trabalhos impressos) para oferecer uma experiência única aos leitores e frequentadores. Muitos dos seus elementos arquitetônicos são inspirados no espírito do Iluminismo.
Além disso, a biblioteca é um repositório do conhecimento adquirido ao longo de alguns séculos: possui cerca de 70 mil volumes, enquanto a Abadia no total possui quase 200 mil livros. Os mais valiosos entre eles são os mais de 1.400 manuscritos (o mais antigo datando do século 8 DC) e os 530 incunábulos (livros impressos antes de 1500).
4 – Biblioteca Nacional da França – Paris, França
Com mais de 36 milhões de itens, a Biblioteca Nacional da França está situada em Paris desde 1461 e é o principal repositório de tudo que é publicado no país. Sua arquitetura atual é uma combinação entre tradição e modernidade e foi idealizada por Dominique Perrault, na época com 36 anos e vencedor de um concurso com 244 arquitetos de todo o mundo.
Hoje a Biblioteca Nacional da França ampliou as possibilidades de leitura do seu acervo e oferece um aplicativo para tablets chamado Gallica, operável em iOS e Android. Este aplicativo pode ser baixado gratuitamente na App Store e no Google Play e possibilita o acesso a quase 2 milhões de documentos das coleções da BnF.
5 – Tianjin Binhai Library – Tianjin, China
A Tianjin Binhai Library tem cinco andares e capacidade para armazenar 1,2 milhão de livros, além de um auditório com 110 lugares. A esfera que parece uma íris e está localizada no centro da biblioteca deu nome ao apelido “The Eye”. O espaço foi projetado pelo escritório de arquitetura holandês MVRDV junto ao Instituto de Planejamento e Design Urbano de Tianjin (TUPDI).
A partir da sua inauguração em 2017, o prédio tem sido um grande sucesso na mídia internacional e nas mídias sociais chinesas. A CCTV descreve a Tianjin Binhai Library como um “Oceano dos Livros” e a The Bund deu ao estabelecimento o título de “Biblioteca mais bonita da China”. Nas redes sociais, ela chama atenção como “mar de conhecimento” e “Super Sci-Fi”
6 – Real Gabinete Português de Leitura – Rio de Janeiro, Brasil
Fundado em maio de 1837 por um grupo de quarenta e três imigrantes portugueses, o Real Gabinete Português de Leitura foi inaugurado no centro do Rio de Janeiro pela Princesa Isabel e seu marido, o Conde d’Eu. O edifício foi projetado pelo arquiteto português Rafael da Silva e Castro e hoje é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.
O acervo de obras de autores portugueses da biblioteca é o maior fora de Portugal e totaliza cerca de 350 mil títulos totalmente digitalizados. A livraria costuma receber de Portugal todas as publicações feitas no país. A edição “prínceps” de ” Os Lusíadas”, de 1572, e o “Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias, são algumas das suas obras raras.