Foto estante de livros

Seis obras-primas que moldaram o mundo

Existem livros clássicos, aquelas obras-primas imortais que, tratando de temas universais e atemporais, seguem relevantes com o passar os séculos. Alguns, no entanto, vão além disso: deixam marcas definitivas em nossa história e influenciam o rumo da humanidade, afetando a vida de todos nós – mesmo de quem não os leu. Se esse é o seu caso, chegou a hora. Destacamos aqui seis dessas obras que moldaram o mundo, disponíveis em português para mais de 100 países pela Buobooks.

1. Odisseia, Homero (século VIII a.C.)

Ao lado da Ilíada, do mesmo autor, a Odisseia é considerado o marco zero da literatura ocidental – a referência para tudo o que veio depois. Trata-se de um épico que narra as aventuras do herói Odisseu após a Guerra de Troia, cerca de 3 mil anos atrás. Homero teria vivido entre 928 a.C. e 898 a.C., mas a obra foi elaborada ao longo de séculos de tradição oral – muitos historiadores acreditam inclusive que Homero nunca existiu de fato, tendo sido uma personificação coletiva de toda a memória grega antiga. A edição da Cultrix, do Grupo Editorial Pensamento, é uma tradução integral direta do grego, em prosa moderna, mas absolutamente fiel ao conteúdo original, feita pelo professor Jaime Bruna, da USP

2. Tratado sobre a clemência, Sêneca (56 d.C.)

Escritos há quase 2 mil anos, os textos de Sêneca seguem a fascinar e inspirar. Em Tratado sobre a clemência (Vozes), dedicado a Nero, imperador romano que esteve no poder entre os anos 54 e 68, o autor consolida diversos aspectos de seus escritos filosóficos e morais num tratado sobre a política que ainda tem muito a explicar sobre liderança e poder.

3. Utopia, Thomas Morus (1516)

Morus foi o criador da palavra que dá nome ao seu livro, tão utilizada nos dias de hoje. Composto a partir do grego “u-topos”, o termo “utopia” significa “não lugar” ou “lugar inexistente” – e foi assim que o autor batizou a sociedade perfeita, embora impossível, que apresenta na obra. Combinando sátira, política e filosofia, Utopia conta a história de um mundo perfeitamente igualitário onde todos, sem exceção, vivem em harmonia e bem-estar.

4. O príncipe, Nicolau Maquiavel (1532)

Um livro que suscita polêmicas há quase 500 anos, mas que descreveu de forma original, elaborada e precisa o funcionamento do Estado. Fruto de sua época, dedicado ao líder de um governo ameaçado, O príncipe (Vozes), escrito em 1513 e publicado postumamente quase duas décadas depois, fundou a ciência política e é ainda hoje uma obra essencial. Leitura que faz pensar sobre os poderes e a conduta de qualquer governante.

5. Do contrato social, Jean-Jacques Rousseau (1762)

Em termos de polêmica, e também de relevância, Do contrato social não fica atrás de O Príncipe. Rousseau define que o ser humano tem uma bondade intrínseca e natural, sendo corrompido e degenerado pela sociedade. Como já afirma logo na tão famosa frase de abertura, para ele “o homem nasceu livre, e em toda parte vive acorrentado”. Um livro que deve ser lido e relido para discutirmos conceitos como política e lei, liberdade e justiça.

6. Assim falava Zaratustra, Friedrich Nietzsche (1883)

Realização mais ambiciosa de Friedrich Nietzsche, uma de suas obras-primas (ao lado de muitas outras), Assim falava Zaratustra (Vozes) é escrita numa linguagem poética que aproxima a filosofia do autor da literatura. Trata-se de um livro que influenciou a humanidade da maneira definitiva – e de diversas formas, certas vezes contraditórias, pois, repleto de símbolos e metáforas, é aberto a muitas leituras e interpretações. E uma das frases mais famosas e controversas de Nietzsche vem daqui: “Deus está morto.”


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