O futuro é feminino! E o futuro já começou. A transformação está por todos os lados – nas artes, na política, no trabalho, dentro de casa. E os livros têm papel essencial nessa mudança, disseminando ideias e histórias que evidenciam o papel essencial das mulheres na construção de um mundo mais justo para todos. Destacamos aqui oito obras que, escritas por mulheres empoderadas e homens empoderadores, inspiram e registram uma luta ao mesmo tempo tão antiga e atual – e que, apesar das constantes vitórias, ainda tem muito a conquistar.

1. Círculos de Mulheres, de Beatriz Del Picchia e Cristina Balieiro (Editora Ágora)

Beatriz del Picchia e Cristina Baliero são duas grandes estudiosas do feminino e condutoras de círculos de mulheres – grupos, presenciais ou virtuais, para que mulheres vítimas e assédio se apoiem mutuamente para lutar por causas que consideram justas. No livro, elas reúnem as vozes de 13 mulheres – curandeiras, feministas, terapeutas, místicas, escritoras, parteiras, batalhadoras, pensadoras, bruxas, mães, avós – que narram e compartilham desafios, vitórias, feridas e curas.

2. Lugar de Escuta, de M.O.T.I.M – Mulheres Organizadas por um Teatro em Movimento (Chiado Books)

Inspirado pela peça de mesmo nome, que, dirigida por Fabiana Tolentino, tem elenco composto apenas por mulheres, Lugar de Escuta traz 22 textos que, inspirados pelos arcanos maiores do tarô, apresentam um panorama sobre o que significa ser mulher e feminista hoje. Nas palavras de Fabiana, o projeto surgiu de sua necessidade de “entender melhor certas decisões que tomamos na vida, certos enfrentamentos, certos questionamentos. Entender que não estamos sozinhas.”

3. Mulheres Não São Chatas, Mulheres Estão Exaustas, de Ruth Manus (Sextante)

Advogada, professora de Direito e escritora nascida em São Paulo, hoje morando em Lisboa, Ruth Manus tem o feminismo e a sororidade como temas essenciais em sua vida. Seu livro é uma síntese de sua visão sobre a condição feminina no século XXI. Com bom-humor, sinceridade e leveza, sem jamais deixar de lado a contundência, ela desfaz estereótipos e discute os papeis que a sociedade segue exigindo da mulher – esposa perfeita, mãe perfeita, corpo perfeito – para, em tom de conversa, convocar a todas para uma luta diária por igualdade e respeito.

4. Mulherão da P*rra, de Karine Carrijo (Novo Conceito)

Um guia para a liderança e o sucesso femininos – a leitura perfeita para quem quer, ao mesmo tempo, se empoderar e empreender. Como a autora, a empresária Karine Carrijo, explica, ser um “mulherão da p*rra” é saber usar os próprios sentimentos para, em vez de frustrações, criar oportunidades, rompendo traumas e traçando objetivos. Karine, uma daquelas empreendedoras natas, ressalta que evoluir profissionalmente também significa crescer como pessoa e se libertar como mulher.

5. #MadalenaSemFiltro, de Rodrigo Alvarez (LeYa Brasil)

O escritor e jornalista Rodrigo Alvarez aborda a vida daquela que foi uma das precursoras da luta das mulheres contra o abuso dos homens e a favor da igualdade. Alvarez personifica Maria Madalena, que, em primeira pessoa, revisita sua vida, verbaliza suas ideias sobre os homens, detalha sua relação com Jesus, se mostra indignada com as injustiças que sofreu e reflete sobre o passado e sobre o presente das mulheres e do mundo como um todo.

6. Empoderadas, de Palmério Dória (Geração Editorial)

Jornalista e roteirista premiado, Palmério Dória reapresenta grandes mulheres da história, relacionando personalidades tão díspares quanto a cantora Dolores Duran, a sanitarista Zilda Arns, a pop star Madonna, a anarquista Juana Bela, a presidenta Dilma Rousseff, a escritora Patrícia Galvão e a revolucionária Tina Modotti, entre muitas outras. Uma leitura inspiradora num projeto gráfico colorido que, assinado por Alan Maia, traduz visualmente a força dessa revolução feminina.

7. Mulheres do Brasil, de Paulo Rezzutti (LeYa Brasil)

O pesquisador Paulo Rezzutti, especialista em investigar fatos fundamentais que acabaram ficando relegados ao “lado B” da história, resgata as trajetórias de mais de 200 mulheres que, dos primórdios aos tempos atuais, foram protagonistas na construção do país. Nos registros oficiais, entretanto, acabaram tendo sua importância diminuída ou foram simplesmente apagadas.

8. Nesse Livro a Princesa Não Usa Coroa, de Felipe Taffarel (Novo Conceito)

Num texto reflexivo e poético, Felipe Taffarel dialoga com a mulher do século XXI. Em textos sobre amor e relacionamentos humanos, ele estabelece em seus textos também uma nova forma de masculinidade, com foco na equidade e no respeito mútuo, tão necessária para estes tempos.