Memórias póstumas de Brás Cubas é um romance complexo, com várias possibilidades de leitura e interpretação, e pode mesmo ser analisado sob os mais diferentes olhares interpretativos. Sem falar no intrigante papel do leitor, que Machado alçou ao patamar de coautor desta obra e peça-chave, pois reescreve o romance quando da sua leitura, já antecipando em décadas as teorias da chamada Estética da Recepção. Machado nos leva – através da ficção – a questionar as verdades (nem sempre interessantes) da condição humana e de todas as vicissitudes que a cercam.